Bluefest

CIÊNCIA E EDUCAÇÃO PARA A ECONOMIA AZUL

Sobre o Bluefest

A saúde dos oceanos é essencial para a prosperidade humana e para o equilíbrio da vida no planeta. A sobre-exploração do mar e as alterações climáticas resultaram numa degradação dos ecossistemas marinhos e perda de biodiversidade sem precedentes.

É urgente proteger os oceanos para garantir os serviços de ecossistema e os recursos naturais que nos oferecem. No contexto do Arquipélago, é aqui, na ilha do Faial, onde mais conhecimento se produz nesta matéria e onde há uma grande concentração de atividade em torno da maior riqueza dos Açores: o nosso mar.

O Bluefest dá palco às pessoas, às ideias, aos projetos, às empresas e às iniciativas que contribuem ativamente para a preservação e proteção dos oceanos e das orlas costeiras. Só assim é possível conhecer inovações em curso e colaborar para objetivos comuns.

O Greenfest, a Sustain Azores e o Município da Horta uniram esforços na organização deste evento inspirador que pretende, ano após ano, amadurecer como um contributo para a prosperidade azul da cidade da Horta, do Arquipélago dos Açores e dos Oceanos do planeta. É nossa missão promover a transição para uma economia azul regenerativa e acelerar a implementação da Agenda 2030 com foco nos oceanos e na água.

Sobre a Ilha do Faial

A ilha do Faial, localizada no Grupo Central do Arquipélago dos Açores, em Portugal, tem 173 Km2 de área e 14.334 habitantes (2021). Integra as chamadas “ilhas do triângulo” juntamente com São Jorge e o Pico e tem o seu ponto mais elevado no Cabeço Gordo, a 1.043 m de altitude.

O seu povoamento ter-se-á iniciado por volta de 1465 e o nome da ilha terá originado na abundância de faias-da-terra. Após a erupção vulcânica de 1957-1958 nos Capelinhos, que transformou a zona noroeste da ilha, a cidade da Horta assume-se como ponto de ligação entre a Europa e as Américas.

Em 1893, com a inauguração da rede de cabos telegráficos submarinos ancorados na ilha, esta tornou-se um centro de telecomunicações. Por isso, e também devido à sua posição geográfica, o Faial começou a acolher escalas de hidroaviões que atravessavam o Atlântico Norte a partir de 1919.

Anos mais tarde, em 1986, é inaugurada a marina da Horta que se veio a afirmar como um dos portos de abrigo de referência por todo o mundo. Até então, a caça à baleia, uma atividade de grande relevo económico na ilha, estava baseada no Porto Pim, onde hoje se pode visitar a Antiga Fábrica da Baleia.

Devido a esta profunda ligação ao mar, a ilha do Faial é denominada de “Ilha Azul” e, histórica e geograficamente, configura a localização ideal para acolher o Bluefest.

Programação Bluefest

Horários em AZOT / UTC-1 / CET-2

QUINTA - 3 NOVEMBRO

Carlos Ferreira | Presidente da Câmara Municipal da Horta

Pedro Norton Matos | Fundador do Greenfest & co-organizador

Joana Borges Coutinho | Fundadora da Sustain Azores & co-organizadora

Manuel São João | Secretário Regional do Mar e das Pescas

Eva Giacomello | Okeanos – UAç

Gualberto Rita | Federação das Pescas dos Açores

Jorge Fontes | Okeanos – UAç

Luís Bernardo Brito e Abreu | Gabinete da Presidência do Governo dos Açores

Miguel Cravinho | AOMA – Associação Operadores Marítimos dos Açores

Pedro Norton de Matos | Moderador

Coffee break no Teatro Faialense para todos os participantes.

Mar4Terra

APEDA – Associação de Produtores de Espécies Demersais dos Açores

POPA – Programa de Observação para as Pescas dos Açores

Fat Tuna

Oceanxperience

Flying Sharks

seaExpert

Lotaçor – Serviço de Lotas dos Açores

Painel organizado pela ATSF – Associação de Turismo Sustentável do Faial, na  Escola do Mar

~

Francisco Rosa | Câmara de Comércio e Indústria da Horta

Gui Menezes | Okeanos – UAç

Jorge Gonçalves | APEDA – Associação de Produtores de Espécies Demersais dos Açores

Mário Rui Pinho | Direção Regional de Políticas Marítimas

Rui Terra | Portos dos Açores

Pedro Garcia | Moderador  

Pedro Rosa | Moderador

Espetáculo performativo na Praça da República, produzido pelo OMA – Observatório do Mar dos Açores com direção artística de Lia Goulart, e que navegará todos rumo ao Teatro Faialense para a sessão de cinema.

Exibição do documentário sobre tubarões-baleia ao largo da ilha de Santa Maria, produzido por Nuno Sá. Entrada Livre

SEXTA - 4 NOVEMBRO

Visita acompanhada por cientistas do Oceanário de Lisboa e da Presidente da Direção do OMA – Observatório do Mar dos Açores, Carla Dâmaso

Dejalme Vargas

Valter Medeiros

Yasmina Rodríguez | Okeanos – UAç

Término da sessão da manhã e pausa para almoço

Rosa Costa | Diretora Regional do Turismo

José Luís Neto | Diretor do Museu da Horta

António José Correia | Fórum Oceano

Joana Borges Coutinho | Moderadora

José Nuno Pereira | AOMA – Associação dos Operadores Marítimos dos Açores

Pedro Rosa | ATSF – Associação de Turismo Sustentável do Faial

Sérgio Leandro | MARE – Instituto Politécnico de Leiria

Coffee break no Teatro Faialense para todos os participantes.

Azorean Active Blueberry

Estações Náuticas de Portugal

Naturalist – Science & Tourism

OMA – Observatório do Mar dos Açores | Fábrica da Baleia

Watch it – Azores Whale Lab

Whale Heritage Site

Carlos Ferreira | Presidente da Câmara Municipal da Horta

Animação no Mercado Municipal da Horta com folclore e chamarrita. 

Áreas temáticas

Sinopses

Áreas marinhas protegidas

Existem mais de 112.000 km² de áreas marinhas protegidas e mais de 4.700 km² de reservas naturais no Parque Marinho dos Açores, o que corresponde cerca de 5% da área total de mar afeto à Região

Recentemente, o Governo dos Açores anunciou um aumento significativo das áreas protegidas, com a meta ambiciosa de atingir 30% até o fim de 2023. Quais as implicações deste objetivo? Como se operacionaliza? Quais as principais partes interessadas? Como estão envolvidas? Que opiniões são confluentes, divergentes ou colaborativas? 

Discutir instrumentos para assegurar a classificação, gestão, conservação e proteção de áreas marinhas é crucial para evitar quer a sobre-exploração do mar quer os impactos negativos daí resultantes na biodiversidade e saúde do ecossistema, mas também no rendimento daqueles que dependem deste recurso para subsistir.

Economia Azul

A Economia do Mar representou um peso de mais de 5% no PIB da economia nacional em 2018 sendo que, em 2020, empregava um total de 123.000 pessoas em 40.000 empresas do mar com proveitos totais gerados pelo turismo costeiro na ordem dos €1000 milhões.1

Embora os oceanos – enquanto maior ecossistema no planeta – tenham um peso significativo na economia azul, o uso da água em terra também integra este domínio. Devido a esta abrangência, a OCDE prevê que em 2030 existam 40 milhões de empregos afetos à Economia Azul, com um valor equivalente à 7ª maior economia mundial.

O sistema financeiro está a desenvolver novos mecanismos de financiamento, mas o mercado de blue bonds (obrigações azuis) está numa fase inicial, cujo desenvolvimento seguramente passará por soluções colaborativas entre instituições públicas, privadas e a banca.

Turismo Azul

Entre 2015 e 2019, o número de hóspedes no Arquipélago dos Açores praticamente duplicou, aumentando a pressão turística no destino, seus recursos e habitantes.2 No mesmo período, o número de hóspedes no país teve um crescimento médio de 9% ano-após-ano, de cerca de 19 milhões em 2015 para mais de 27 milhões em 2019.3

Passos importantes já foram dados para monitorizar e reduzir os efeitos do crescimento do turismo, como a certificação dos Açores enquanto Destino Turístico Sustentável pela Earth Check, entidade acreditada pelo Conselho Global de Turismo Sustentável (GSTC) ou a adesão do Turismo de Portugal à Declaração de Glasgow para a Ação Climática no Turismo sob tutela da Organização Mundial do Turismo (WTO).

Ainda assim, considerando a previsão de crescimento contínuo do turismo, importa acelerar a ação e envolver agentes do sector e atividades conexas na definição de uma estratégia conjunta para aliviar os impactos ambientais e sociais associados ao turismo de massas.

Áreas Marinhas Protegidas

Existem mais de 112.000 km² de áreas marinhas protegidas e mais de 4.700 km² de reservas naturais no Parque Marinho dos Açores, o que corresponde cerca de 5% da área total de mar afeto à Região

Recentemente, o Governo dos Açores anunciou um aumento significativo das áreas protegidas, com a meta ambiciosa de atingir 30% até o fim de 2023. Quais as implicações deste objetivo? Como se operacionaliza? Quais as principais partes interessadas? Como estão envolvidas? Que opiniões são confluentes, divergentes ou colaborativas? 

Discutir instrumentos para assegurar a classificação, gestão, conservação e proteção de áreas marinhas é crucial para evitar quer a sobre-exploração do mar quer os impactos negativos daí resultantes na biodiversidade e saúde do ecossistema, mas também no rendimento daqueles que dependem deste recurso para subsistir.

Economia Azul

Embora os oceanos tenham um peso significativo na economia azul, o uso da água em terra também integra este domínio. A OCDE prevê que em 2030 existam 40 milhões de empregos afetos à Economia Azul, com um valor equivalente à 7ª maior economia mundial. 

A Economia do Mar representa mais de 5% no PIB e emprega cerca de 123.000 pessoas em 40.000 empresas do mar com proveitos totais gerados pelo turismo costeiro na ordem dos €1000 milhões.1

Novos mecanismos de financiamento, blue bonds (obrigações azuis) e instrumentos fiscais começam a emergir, mas quem beneficiará e como? Pode o mercado financeiro encontrar soluções justas e seguras? São os serviços de ecossistema a variável que falta na equação da macroeconomia do mar? Como é que isso se pode traduzir para o dia-a-dia de quem depende do mar?

Turismo Azul

Entre 2015 e 2019, o número de hóspedes nos Açores quase duplicou, aumentando a pressão turística no destino, seus recursos e habitantes.2 No mesmo período, a média de crescimento do país foi de 9% ao ano, passando de 19 milhões em 2015 para mais de 27 milhões em 2019.3

Passos importantes já foram dados para monitorizar e reduzir os efeitos do crescimento do turismo, como a certificação dos Açores enquanto Destino Turístico Sustentável pela Earth Check, entidade acreditada pelo Conselho Global de Turismo Sustentável (GSTC) ou a adesão do Turismo de Portugal à Declaração de Glasgow para a Ação Climática no Turismo.

Ainda assim, a previsão de crescimento contínuo deste setor obriga a acelerar a ação e envolver as partes interessadas na definição de estratégias conjuntas para gerir os impactos ambientais e sociais do turismo.

1 Dados Observatório da Economia Azul                                                           2 Dados PORDATA                                                                   3 Dados Serviço Regional de Estatística dos Açores

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