A Ciência, Novas Tecnologias e Inovação na transição para uma Economia Azul Regenerativa

Bluefest Santa Cruz

30 de Novembro 2021 - Santa Cruz, Torres Vedras

Sobre o Bluefest

A Ciência, Novas Tecnologias e Inovação na transição para uma Economia Azul Regenerativa.

A sobre-exploração dos oceanos, relacionada com as indústrias e outras atividades humanas, tem um enorme impacto na perda de biodiversidade e degradação dos ecossistemas marinhos. A crescente acidificação dos oceanos e aumento médio da temperatura das águas, aliados a outros fatores são, ao mesmo tempo, fator e consequência de aceleração das alterações climáticas. As previsões de evolução para as próximas décadas são deveras preocupantes caso se mantenha o cenário do “Business As Usual” , mesmo que otimizado. A grande maioria dos cientistas defende que só uma mudança sistémica pode alterar o rumo e proteger os recursos genéticos e regenerar todo o ecossistema. A saúde humana está também diretamente ligada à saúde dos oceanos. A Educação, Investigação e Desenvolvimento Científico são o fator de esperança de alteração do rumo e o motor para o estabelecimento de uma economia azul sustentável. O Fórum Bluefest dará palco a ideias e projetos que disseminam as sementes dessa esperança.

Keynote Speaker

Prof. Carlos M. Duarte

On the topic: The Sunken Chest of Treasures: Unlocking the Genome of the Ocean

The 3,500 million years of evolutionary history of life in the ocean has lead to a huge diversification of life, particularly microbial life. This has translated in the diversification of a broad range of metabolism and complex bioactive molecules, coded by the genome of the ocean. In the era of massive genome sequencing and supercomputers, the genome of the ocean can be decoded. Here I introduce the concept of the genome of the ocean, discuss the progress toward completing it, and explore its applications, and pose the question of how this resource can be used in a fair and equitable manner.

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Embaixador Bluefest

Ricardo Diniz

O Ricardo é um verdadeiro apaixonado por aquilo que faz e sabemos que o trabalho que ele desenvolve há 25 anos tem um impacto muito grande nos corações de quem o acompanha no Mar e assiste às suas palestras em Terra. O Ricardo tem sido cada vez mais solicitado, principalmente pela questão do isolamento/confinamento. Quem melhor para falar de isolamento que o Navegador Solitário, right? : )

Muito mais que “apenas” Navegador Solitário, todos os anos o Ricardo fala para cerca de 30.000 pessoas em eventos corporativos de multinacionais, portuguesas e estrangeiras e, claro, Colégios e Universidades também, um pouco por todo o mundo. É super importante que as empresas continuem a estimular e a motivar os seus colaboradores, ou como diz o Ricardo, “Cultivating Human Potential”.

Áreas temáticas

O tema central do Bluefest é A Ciência, Novas tecnologias e Inovação para um oceano sustentável

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Sinopses

Blue Finance

A regeneração do planeta é um enorme desafio civilizacional e a forma de financiar a urgente transição para uma economia circular passa por novos conceitos.

No caso da economia azul, não se trata apenas dos oceanos que constituem o maior ecossistema no planeta, mas também do uso da água em terra, fonte de vida.

Estamos no limiar de uma nova era em que é incontestável que o “Blue”, tal como o “Green”, criam valor para a economia. A OCDE estima que, em 2030, o valor da economia azul seja o dobro do valor de 2010, criando 40 milhões de empregos. É equivalente à sétima maior economia mundial.

Novos mecanismos e soluções de financiamento estão a ser desenvolvidos pelo sistema financeiro. A título de exemplo, o Banco Mundial emitiu o primeiro green bond em 2008 e, desde então, o mercado cresceu para mais de 850 mil milhões de dólares. O mercado dos blue bonds está ainda
numa fase inicial dos primeiros 5 mil milhões de dólares, mas o seu crescimento acompanhará inevitavelmente o crescimento da economia azul, numa época em que se torna evidente que a saúde humana depende da saúde do planeta. Também grandes indústrias , tais como as do transporte marítimo, pescas, aquacultura, energias marinhas renováveis e turismo costeiro estão totalmente dependentes da saúde dos Oceanos.

Como acelerar o processo? Qual o papel dos diferentes “stakeholders”?

Turismo Sustentável

O Turismo conheceu um desenvolvimento muito acelerado a nível global, nas últimas décadas, crescendo de 25 milhões de turistas globais em 1950 para 1,3 mil milhões em 2017.

Os impactos directos e indirectos da actividade da indústria do turismo são múltiplos, nomeadamente em termos económicos, sociais e ambientais.

A indústria dos transportes e o turismo representam mais de 10% do PIB global (pré-pandemia Covid-19) e, em 2016, representavam cerca de 11% dos empregos globais.

Na vertente ambiental, o impacto nos recursos naturais, nos níveis de consumo (água e energia, em particular) e poluição, são também muito significativos.

O grande e imperativo desafio para a sobrevivência da indústria do turismo é o de conseguir que o modelo de desenvolvimento seja sustentável e responsável.

Em paralelo, desde a década de 70, que um terço do mundo natural foi destruído pela actividade humana. Estima-se que, em 2050, e resultante da aceleração das alterações climáticas, 90% dos recifes de corais tenham morrido e metade da floresta amazónica tenha desaparecido.

As previsões no domínio da extinção de espécies marinhas e ecossistemas são também muito preocupantes, assim como o “stock” de plástico nos oceanos que pode quadriplicar até 2040 (dados do Relatório “Breaking the Plastic Wave”). O nível das águas do mar poderá subir 70 cm nos próximos dez anos, com enormes repercussões nas regiões costeiras.

Em contrapartida a revolução do trabalho remoto está a criar um turismo de longa duração mais sustentável e de melhor distribuição pelo território, criando inclusive um verdadeiro exôdo urbano.

Neste contexto, como pode evoluir o turismo, incluindo o náutico e as cidades costeiras?
Qual o papel dos crescentes “novos turistas” trabalhadores nómadas digitais e o impacto nas comunidades locais? Qual o papel dos diferentes “stakeholders”?

Blue Trends

O modelo de desenvolvimento adoptado pelas maiores economias globais nas últimas décadas tem, a par de inegáveis ganhos civilizacionais, provocado inúmeras assimetrias e custos sociais, económicos e ambientais. No domínio da economia azul, são variadas as indústrias que dependem do mar para a sua sobrevivência a prazo. Sectores como as pescas, transporte maritimo, turismo, energias renováveis, etc., são apenas alguns exemplos da dependência de um oceano saudável. As alterações climáticas são causa e consequência dos modelos adoptados. A grande esperança de contrariar a acelerada degradação do meio ambiente, em geral, e da saúde do mar, em particular, reside na educação/literacia do mar e na ciência e tecnologia aplicadas a um modelo de prosperidade. Só através de inovadoras soluções se conseguirá alterar o “status quo” que nos conduz ao “Business as usual”. Todas as projecções confirmam que essa inércia, mesmo que optimizada, nos conduziria ao precipício, colocando em risco a sustentabilidade do planeta e da vida humana.

Que modelos inovadores e soluções se perfilam? Qual o papel das novas tecnologias? Como podem a Ciência e a Investigação contribuir?

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